Shell e Cosan preparam Joint Venture

Shell e Cosan preparam Joint Venture

Shell e Cosan, duas importantes players do mercado de combustíveis nacional, anunciaram na manhã desta segunda-feira (01/2) a assinatura de um Memorando de Entendimento para criar uma Joint Venture, que incluirá produção de etanol, açúcar e energia, além da distribuição e comercialização de combustíveis. De acordo com Marcos Lutz, vice-presidente comercial da Cosan, e com Marcelo Eduardo Martins, diretor financeiro e de Relações com Investidores da Cosan, por enquanto nada muda. Ou seja, postos Esso continuam com a bandeira Esso e os Shell, com a bandeira Shell. Isso porque as duas companhias ainda seguirão com negociações para a assinatura final dos contratos para a criação da Joint Venture, o que deve ocorrer em 180 dias. Quando finalizada a operação, a Joint Venture terá um volume aproximado de 17,5 milhões de m³, cerca de 4,5 mil postos, 20 bases próprias de distribuição (quatro em construção) e mais outras 29 compartilhadas. Segundo dados do Sindicom acumulados até outubro de 2009, a Shell detinha 13,4% do mercado de combustíveis no Brasil e a Esso, 5,4%, o que deixaria a nova empresa coladinha na vice-líder de mercado, a Ipiranga, que detém 19,4% de market share. De acordo com dados apresentados pela Cosan, as duas companhias são as que possuem também maior eficiência operacional nos postos: a Shell com vendas mensais de 285 m3 e a Cosan, de 238 m3, ante 227 m3 da líder Petrobras. A Join Venture deverá ter valor aproximado de US$ 12 bilhões. A Cosan entrará com 23 usinas, ativos de co-geração, postos e terminais de distribuição, participação no Uniduto e dívida líquida de US$ 2,524 milhões. Por parte da Shell, entrarão os ativos de distribuição, postos e o negócio de combustíveis de aviação, 50% de participação na Iogen, 14,7% de participação em Codexis e US$ 1,625 bilhão de aporte de caixa, ao longo de dois anos. As duas empresas deixaram de fora os negócios de lubrificantes. A Cosan não incluirá ainda na Joint Venture a Rumo, a Radar, nem ativos futuros de co-geração ou as marcas DaBarra e União. Já a Shell deixou de fora a marca Shell, os ativos de exploração e produção, de gás e energia e os negócios de trading.

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